COMO VOCÊ TEM LIDADO COM SUAS PERDAS?
Há muitos tipos de perdas, e outras tantas formas de
encarar, enfrentar as perdas. Elas são intimas da existência humana, são nossas
velhas conhecidas. Não há como viver sem que elas ocorram. Chegamos a dizer que
perdemos até mesmo o rumo. Perdemos momentos, perdemos empregos, perdemos
amigos, perdemos amores, perdemos pessoas.
Nesta batalha sem fim, em que mais se perde do que se
ganha, o que não podemos permitir em nós que prevaleça o medo de jogar, o medo
de enfrentar a vida, de encarar as lutas. Aí, seremos derrotados antes mesmo de
entrar em campo.
Tentar e falhar não é o pior, pois com isso, pelo
menos, podemos aprender. Agora, se a gente não encarar os desafios da vida, já
nascemos derrotados. É sofrer a perda de não ter vivido aquilo que poderia ter
sido, ter acontecido. Para avançar é sempre preciso deixar algo para trás,
abandonar. É a dinâmica da vida.
O bom mesmo nesta vida é que a gente perca o medo de
ser feliz. Perder sim os maus sentimentos e deixar que vivam no passado,
abandonar as coisas que ferem e nos deixam mal. Quem perde os bens, perde
muito; quem perde um amigo, perde mais ainda; agora, aquele que perde a coragem
e o desejo de viver, perde tudo.
Vivem a dizer que a morte é nossa maior perda. Na
verdade, a grande perda é aquilo que deixamos morrer dentro da gente enquanto
vivemos: o viço, a alegria de viver, a perspectiva do sonho, o desejo de ir
além. Em meio a tantas perdas que a gente nunca se perca.
A gente perde porque acha que detém a posse, porque
pensa que é dono de algo, ou de alguém. Pura ilusão. Somos donos de nada. Somos
donos sim, de nossas próprias escolhas, e somos responsáveis por elas. Não
podemos ficar desperdiçando energia boa em lamúrias por ter imaginado que
perdeu algo.
O passado até que é não é mal, pois serve para ensinar
a gente a ser melhor. Mas, se fosse bom de verdade, nem seria passado, seria
presente.
Uma coisa é certa, por mais estranho que possa
parecer: não existe vitória sem perdas, nem triunfo sem dor. E quando pensa que
perdeu, é porque viveu, colocou-se no caminho, tem história para contar, não
passou a vida em brancas nuvens. Assim, o livro está sendo escrito, longe de
acabar. Sigamos.
É isso aí!
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