NOSSO OLHAR CRÍTICO

07:57 José Luiz 0 Comments

 


É preciso tomar cuidado com a crítica excessiva. Temos de nos manter em estado de vigilância, para não cairmos na cilada, na armadilha do egoísmo e outras amarras que nos impedem de enxergar o óbvio. Não podemos nos comportar tal qual aquele que vive a procurar defeitos em tudo. Entra na casa da pessoa e não consegue enxergar a beleza da construção, apenas vê o defeito na maçaneta da porta; não vê o jardim, não vê nada além do que salta aos seus olhos poluídos. Se você apontar o dedo para a lua, vai ficar observando seu dedo para achar defeitos e vai ignorar a beleza do satélite.

Tem gente que parece ter doutorado em tudo, tal a confiança e aparente propriedade com que menciona sobre toda sorte de assunto. Claro que é importante ter opinião, mas não precisamos achar que temos a obrigação em saber sobre tudo. Basta entrar em uma pequena biblioteca que verificamos o tamanho de nosso desconhecimento.

Por vezes, nossas críticas são altamente dispensáveis, pois nada acrescentam. Olhe para dentro de si e analise se suas críticas têm pertinência ou coerência antes de se aprofundar sobre qualquer assunto e ficar emitindo opiniões rasas que não contribuem com quase nada. Precisamos aprender a ouvir mais e criticar menos. E precisamos aprender também a lidar melhor com a crítica alheia que costuma nos doer demais, além da conta, pois, como dito em outro texto, somos reféns da opinião alheia. Em tempos em que as pessoas emitem opiniões sobre tudo, e muitas vezes opiniões extremamente infundadas, desumanas, ácidas, tóxicas, precisamos ouvir nossa voz, o reflexo daquilo que temos falado. Antes de criticar alguém, analise e critique a si mesmo e veja se não está passando do ponto.

Todos têm o direito de mencionar o que quiserem desde que usem do senso de justiça, de conhecimento sobre o assunto, e do bom senso. Elogie em público e critique no particular, sempre no sentido de colaborar com o crescimento do outro. Vamos cuidar de nossas palavras para não nos tornarmos escravos de nossa insensatez. O amor ao próximo passa pelo sentimento de compaixão, de empatia. Não distribua ao mundo o que tem de pior, com a acidez de duras e maléficas críticas.

            É isso aí!


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