RIOS E FLORES
Que minha vida tenha a fluidez de um rio, cujas águas não sejam interrompidas e que cheguem ao mar. Caso sejam aproveitadas que seja para gerar energia, para regar o chão, para fornecer o peixe, para matar a sede das gentes. Que minhas águas virem nuvem negra que chove e faz viver. Prefiro as trovoadas e relâmpagos de uma nuvem que se desfaz em gotas d’água a plácidas nuvens brancas que se dissolvem e vão-se embora sem deixar marcas.
Os dias correm feito Usain Bolt. Isso porque tem sido bom viver. Dia bom passa rápido. Mesmo na dureza de dias estafantes, de contrariedades que temperam a vida, vamos adiante com a força de um leão e a leveza do beija-flor que vem passear no meu quintal todos os fins de tarde. O beija-flor é meu amigo, quase confidente. Acho que vou até dar nome a ele. Essa loucura sã faz os dias serem possíveis de se achar beleza. E como tem beleza!
Minhas orquídeas vivem em flor. Perguntam que milagre é esse e qual o segredo para sempre vicejarem. O fertilizante que ela mais gosta é o olhar amoroso que meu amor dedica às frágeis plantinhas. O namoro diário procurando brotos com projetos de flor faz toda a diferença. Orquídea é planta vaidosa. Feito pavão, adora expor sua beleza. E o público aplaude feliz. Mesmo que reduzida, é plateia qualificada, apaixonada.
O importante é colocar os pés para andar, mesmo que a caminhada seja árdua e cheia de responsabilidades. Os especialistas indicam o movimento como remédio para o corpo e para a alma. O risco de viver é uma graça. Faz as coisas valerem a pena e terem graça.
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