CONTRUIR A PAZ
O vocábulo paz vem do latim Pacem,
que por sua vez, remete à ideia de viver na ausência da guerra, no
distanciamento do ódio, na oposição à violência. As saudações mais belas
trazem contida uma mensagem de paz (“Que a paz esteja contigo!”). Paz
não indica que tenhamos de ser sujeitos omissos, passivos. Ser pacífico é
diferente. O ser pacífico reúne suas forças para trabalhar pela paz,
colaborar na construção da paz.
Todos temos tendências, momentos, ímpetos de agressividade; o que não é necessariamente sinônimo de violência ou agressão. Usar nossa energia, nossa vontade de transformar, colocar-se a serviço, no caminho com a clara intenção de realizar algo bom, essa é a boa agressividade. Canalizá-la para construir, nunca para destruir algo ou alguém. Quando nos colocamos na intenção de derrubar alguém para alcançar um feito, desrespeitando valores da ética e da boa convivência, não é serviço digno de quem se autointitula humano.
Numa disputa, num jogo - a vida é um jogo - há sempre dois ou mais lados. Mas, é fundamental o respeito ao adversário, nunca inimigos. Viver em paz é respeitar o espaço do outro sem ficar procurando motivos para a angústia. A paz é fruto da tolerância, da atitude em aceitar as diferenças. A intolerância é a fogueira que faz explodir o ódio e a rejeição. Todas as guerras foram disparadas pelo poder da intolerância e da ambição.
É preciso encontrar-se, aceitar-se, viver em paz. Encontrar a própria paz. A paz interior vai ditar a qualidade de nossa convivência com o mundo, nossa capacidade de reagir com serenidade ao contraditório. A paz é, antes de tudo, um estado de espírito. Tem aqueles, infelizmente, que vivem em constante estado de guerra. Desconfiam de tudo e de todos, sempre com a faca entre os dentes, com sangue nos olhos, prontas a disparar contra quem julga ser inimigo. Desarmar o espírito é urgente.
Viver em paz é uma escolha. Acordar todos os dias, pensando em fazer o dia de alguém mais feliz. Não é obrigação, mas o que mais nos alegra e preenche nosso coração são justamente as coisas que fazemos por prazer, não por obrigação. Nos desencontros, o diálogo é o melhor caminho. Nas diferenças nos encontramos. É na aceitação do diferente que reside a beleza do existir. Enfim, podemos ser construtores da paz, cada qual no seu canto, na família, nos ambientes de trabalho, na escola, por onde pisar esparramemos sementes para, no regresso, colher um pouquinho de flor.
É isso aí!
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