José Luiz
PALAVRAS
Sem nenhum demérito para as pequenas criaturas, mas ser humano algum nasceu para micróbio. Com toda importância que cada ser tem na terra, o homem ocupa um lugar de destaque na teia da existência. Tem hora que nos ocupamos demais em tecer coisas miúdas, bem aquém de nossos talentos, e deixamos de executar projetos mais substanciais, mais construtivos. Ficar perdendo tempo em expelir esconjuros, vomitar fofocas, propagar difamações é coisa deveras pequena diante da dignidade humana, daquilo que nos cabe realmente. Como vivemos em sociedade, é inevitável deixar de proferir comentários sobre este ou aquele conhecido ou sobre uma personalidade qualquer. Basta encontrarmos um velho conhecido para falarmos do amigo comum; ou então encontrarmos um parente para comentarmos sobre os familiares. É um processo quase natural, é costume, é cultural. Mas, que não façamos disso um exercício da maledicência, da destruição de biografias, do malfadado hábito de esparramar boatos pejorativos. Quem se presta a este tipo de labor, que me perdoem a dureza da expressão, é gente menor, com estatura moral anã.
Que seja feito um esforço para que da nossa boca saia somente coisas que produzam o bem, que contribuam, que conspirem a favor de algo ou alguém, mesmo aquelas verdades mais cruas e duras que, inevitavelmente, precisam ser ditas. Você gosta de tratar com pessoas que passam o tempo todo a proclamar palavras sórdidas a respeito dos outros? Isto faz mal. Ruim para quem escuta; pior para quem fala. Quando vierem o abordar para esse fim, interrompa este processo peçonhento mudando de assunto ou fazendo o contrário: falando bem da “vítima”, exaltando suas qualidades, em detrimento de seus aparentes defeitos, sem que isso pareça uma afronta, de forma espontânea, voluntária, tranquila. É uma maneira salutar de colocarmos em prática o nosso propósito, nossa vocação humana, de simplesmente sermos fazedores da paz e da concórdia.
É isso aí!
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