José Luiz
CINTO DE SEGURANÇA
Uma família viaja tranquilamente por uma estrada e, de repente, alguém dá o alerta: “Todo mundo colocando o cinto, pois ali na frente tem guarda!” Interessante... Você usa o cinto de segurança por que permite maior proteção ou porque o guarda pode multar? Você cumpre as leis por temer a mão pesada da justiça ou por entender que elas (nem todas) vieram para aprimorar a convivência humana e para proteger o cidadão de bem? Estes questionamentos produzem reflexões acerca da ética. Não só da moral, pois ela é regimento puro. A moral é determinada pelo cumprimento de deveres, pelo conjunto de regras sociais criadas pelo homem para amparar as relações. A ética contempla a moral. A segunda mora na primeira, porém a ética é toda uma forma de ver, viver e conviver. Ela é a arte da conduta, a ciência do amor.
Quem é ético realiza as coisas, pratica o bem, edifica histórias, pelo senso íntimo, pelo desejo de contribuir, de somar, de melhorar o lugar onde vive. O que segue apenas a moral, ao realizar ações positivas, deseja em troca o aplauso efusivo da sociedade, o que nem sempre chega. Isso o desmotiva e o faz cumprir apenas o que é dito obrigação. O ser pleno, ético, age pela consciência, pelo espírito solidário. Até transgride quando é necessário. Se um semáforo está fechado em altas horas, em lugar ermo e supostamente perigoso, ele atravessa o sinal e segue adiante, porque sabe que a lei foi feita para protegê-lo e não para colocar em risco sua integridade.
O ético de fato luta contra normas injustas, prorrompe contra sistemas totalitários, não aceita a opressão, nem a censura amordaçante. Usa como ferramenta sempre o diálogo e o poder da boa argumentação. Ele se envolve, se engaja, atua positivamente como protagonista de seu tempo. Não coloca a ambição em primeiro plano. Nunca deixa os interesses financeiros particulares suplantarem os ideais da coletividade, do bem comum. Não fica simplesmente olhando o bonde da história passar. Segue junto, constrói junto. É a ética dando o norte, orientando-nos no rumo certo... Por se tratar de tema abrangente, quero voltar a falar sobre esse assunto em outra oportunidade.
É isso aí!
1 comentários:
Meu amigo... o que há de carência de ética nas civilizações modernas é uma grandeza.
E é sempre bom perceber que há pessoas, como tu, a lembrar isso a todos.
Abraços
PS.: estive ausente, mas já voltei
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