José Luiz

14:24 José Luiz 0 Comments

Estrelinha

Quando acontece algo que a gente não é capaz de compreender, recorremos instintivamente ao nosso padrão universal de falar com Deus. Oramos... tentamos enxergar uma verdade por trás de uma fato trágico que provoca profunda dor. Como entender o assassinato de uma criança de seis anos, judiada, vilipendiada, ultrajada na sua dignidade por um ser inominável? Como dimensionar o tamanho da dor de uma mãe que vê sua filhinha morta, caída num banheiro de uma casa suja e abandonada? Qual a definição exata para essa crueldade descomunal? Uma sociedade inteira se vê abalada. Policiais, jornalistas, cidadãos de todas as classes sociais derramaram condoídas lágrimas pelo fatídico desaparecimento da linda e inocente menininha, pequena estudante cheia de vida. Dá um aperto no peito que teima em não parar. Os coleguinhas de escola sentem-se amedrontados. Nesta hora, nós, pais, cercamos nossos filhos de todos os conselhos e cuidados. O natural seria que os adultos cuidassem das crianças e que se sentissem protegidas, por isso confiam tanto, na santa e infantil inocência de que todos só querem exclusivamente o seu bem. Infelizmente, não é bem assim. Somos convivas de todo tipo de personalidade. Por isso, a cautela deve ser redobrada.

Devemos proteger nossos filhos destas terríveis ameaças humanas. Vemos nos noticiários nacionais matérias que contam fatos parecidos, mas nunca imaginamos que isso poderia acontecer aqui, do nosso lado, com pessoas que conhecemos, com gente que amamos. Arrisco sugerir que observemos mais de perto por onde andam nossos pequenos, com quem andam, com quem falam, qual seu tipo de brincadeira. Sem os sufocar, respeitando sua individualidade, nunca os percamos de vista. Ou confiemos esta responsabilidade a alguém de nossa extrema confiança, na família ou na escola, por exemplo. O importante é mantê-los monitorados, sem transgredir a construção de seus espaços e tempos, a menos que seja estritamente necessário.

À família, apresentamos nossa solidariedade com preces e clamores por justiça. Que a estrelinha que acabou de chegar ao firmamento, olhe por nós, clareie nossa caminhada, na busca de sermos gente melhor.

É isso aí!

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