José Luiz
Questão de Confiança!
De vez em quando me deparo com alguém lamentando o desencanto que teve com algo ou alguém. Observo no olhar destas pessoas muita tristeza pelos episódios sofridos. Confiar em demasia quase sempre gera frustração em alguma etapa da vida. A gente emprega os melhores sentimentos em relação ao outro, vai expandindo o nível de confiabilidade aos poucos, aumentando o crédito, até você considerar que jamais será traído ou que nunca irá presenciar trincaduras na, até então, sólida amizade, nos relacionamentos profissionais ou algo mais. Aí, de repente, vem à tona a verdade inconteste, contundente, de que nem tudo era como parecia ser e que os santos construídos na mente humana são tênues, feitos de barro, e podem simplesmente quebrar, estilhaçar. É doído, mas é a verdade mais cristalina. Poucas coisas e pessoas na vida são merecedoras deste nosso demasiado apreço a quase tudo. Como são fugazes os caminhos do homem nesta terra. Por sermos metamorfoses ambulantes, as rotas podem sempre ser mudadas. A efemeridade é nossa companheira inseparável. Somos donos de nada, por isso mudamos tanto.
Quando vier a decepção, tome as medidas certas. Se as lágrimas correrem em decorrência da intensidade da desilusão, deixe-as cair. Elas não serão eternas. Seja firme, porém sereno; afaste-se, se for necessário; não deixe que o rancor seja o norteador de suas ações. Fundamentalmente, jamais permaneça estático, sem poder de reação, o que pode caracterizar covardia ou medo, e não deixe que o monstro do desapontamento te engula. Se a inércia fizer morada em seu estado emocional, as coisas poderão tomar proporções muito maiores e gerar amplo desequilíbrio. Nestas horas, o melhor é agir de forma comedida, com temperança e firmeza. Que a sabedoria seja nossa doce e essencial companhia em momentos assim. É o que peço a Deus todos os dias.
É isso aí!
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